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A Cólica do Bebê: Como identificar, aliviar e acalmar seu filho

Quem nunca sofreu com as dores de cólica do filho nos primeiros meses de vida, né?! Se o seu bebê está chorando muito e irritado, ele pode estar com cólica.

A cólica é muito comum e aparece geralmente na segunda ou terceira semana de vida, acabando em torno do quarto mês em uma criança saudável.

Conversamos com a Dra. Danielle Negri, que é pediatra e parceira do blog, e ela fez um texto suuuper interessante explicando tudo sobre cólicas pra gente!

 

crying newborn baby girl

A Cólica do Bebê

A cólica é um espasmo intestinal que causa muita dor no bebê. Ela é transitória e aparece geralmente na segunda ou terceira semana de vida, acabando em torno do quarto mês em uma criança saudável. A cólica pode durar até três horas por dia e, normalmente, acontece no final da tarde ou à noite. Além do choro, o bebê fica irritado e agitado.

As causas para as cólicas ainda não estão definidas. Algumas evidências apontam para uma imaturidade do intestino e do sistema nervoso central. Outras alegam que ocorra pela presença de ar em excesso no estômago ingerido durante as mamadas. Parte desse ar se desloca pelo intestino, criando uma distensão abdominal e consequente dor. O tipo de alimentação, a condição física do bebê, o cansaço ou ansiedade transmitida pelos pais, podem ser também outras causas.

Mas como saber se o choro é por cólica ou fome?

O bebê chora por diversas razões: fome, frio, sono, calor, dor, incômodos por fralda molhada ou apertada ou até porque quer aconchego e carinho. Com o tempo, a mãe vai aprendendo a identificar o motivo de choro do seu bebê. No entanto, a criança que chora por fome se acalma assim que mama. Isso não acontece quando o choro é por cólica.

O choro de cólica é estridente. O bebê fica irritado, inquieto, se contorce todo, fica com o rosto vermelho, faz caretas, encolhe as perninhas e se joga para trás.

O estresse e a tensão do ambiente podem deixar o bebê ainda mais agitado, acentuando a cólica. Com frequência as cólicas ocorrem ao fim do dia quando todos estão mais cansados. Se a mãe fica nervosa, o bebê sente essa ansiedade e insegurança, por isso a mãe tem que tentar ficar o mais tranquila possível e passar segurança para o seu bebê com muito amor e carinho.

É importante ficar atento para não confundir cólica por imaturidade intestinal ligada ao leite com as cólicas por gases que acontecem por distensão abdominal com consequente dor. O bebê pode engolir ar quando amamenta ou se alimenta. E quando isso ocorre aumentam as dores por gases. Assim, recomenda-se colocar o bebê bem inclinado para se alimentar, arrotar após as mamadas e colocá-lo para dormir de lado.

Como evitar as cólicas

Antes de mais nada, calma! A ansiedade da mãe não ajuda a acabar com a cólica, mas algumas ações podem amenizar a dor:

– um banho morno ajuda o bebê a relaxar;
– exercício com as perninhas do bebê, como “pedalar no ar” podem auxiliar a eliminar o excesso de gases;
– massagem na barriguinha do bebê, sempre no sentido horário, mobiliza os gases;
– compressas mornas na barriguinha com toalhas felpudas passadas a ferro têm efeito analgésico (teste antes o calor da toalha em sua própria face).
– um ambiente tranquilo e uma música suave ajudam a relaxar mãe e filho.
Porém, o mais importante é ter paciência para acalmar o bebê, aconchegando-o no colo, barriga com barriga, ou apoiado de bruços na extensão do antebraço dos pais.

Dica importante: Oferecer chá ao bebê não acaba com a cólica e pode prejudicar a amamentação. Remédios contra gases têm pouca eficácia, mas ajudam a melhorar um pouco a dor.

Relação entre cólica e dieta materna

A alimentação materna como possível causa da cólica ainda é controversa. A cólica pode ocorrer tanto em bebês amamentados no seio quanto naqueles amamentados com leite de vaca (fórmulas). Entretanto, existe a possibilidade de alguns alimentos (leite de vaca, soja, trigo, nozes) passarem para o leite materno e provocarem cólicas. No entanto, esses alimentos só devem ser retirados da dieta da mãe caso as cólicas estejam associadas a outros sintomas gastrintestinais que indiquem alergia alimentar, como a presença de sangue nas fezes do bebê.

Ao primeiro sinal de sangue nas fezes do bebê, seu pediatra deve ser consultado imediatamente.
E lembre-se, o ideal é prolongar ao máximo o aleitamento materno porque o leite de vaca tem alto poder de causar alergia.

A medida mais eficaz e importante para que se consiga passar por esse momento frágil e delicado que são os primeiros meses da vida da mãe com seu novo bebê é manter a calma e a  tranquilidade e ter em mente que as cólicas acontecem em um bebê saudável e que irão passar em poucos meses.

Dra. Danielle Negri é Pediatra/Neonatologista  – Médica Supervisora UTI Neonatal Perinatal Barra
Consultório – (21) 2512-8409
dradani@daniellenegri.com.br – www.daniellenegri.com.br

Cheguei ao Mundo
 
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3 Comentários
  1. como amamentar  04/09/2017 | 16:35

    excelente

  2. Kimberly  10/09/2019 | 12:51

    Que post incrível :) Gostei demais! Continue com esse bom trabalho!

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