Mais uma doença tem causado preocupação nas mães e nas grávidas: a gripe H1N1. Agora, além do zika vírus (que precisamos viver de repelente!!) ainda temos o surto da gripe H1N1. Mas o que isso significa? Como podemos nos proteger e aos nossos filhos? Qual é o tratamento?
Conversamos com a nossa parceira pediatra Dra. Danielle Negri e ela afirma que “a melhor maneira de prevenir a doença é vacinar!”.
Em alguns estados a vacinação já foi antecipada, mas, oficialmente, a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe H1N1 tem início neste sábado (30) em todo o país e vai até 20 de maio.
Ainda não se vacinou ou vacinou seu pequeno? Vejam no post de hoje tudo o que você precisa saber sobre o H1N1.
Desde que o H1N1 teve seu primeiro surto no Brasil em 2009, vindo do México (a chamada Gripe Suína), o vírus ficou circulante por aqui nos meses de outono e inverno. O vírus, provavelmente, sofreu alguma mutação no último ano (como ocorre todo ano com os vírus da gripe) e não estávamos imunizados.
O H1N1 causa uma gripe mais forte que as habitual e circula entre humanos. Não se sabe ao certo porque o vírus chegou mais cedo este ano. Acredita-se que seja pelo contato com turistas que trouxeram o vírus, pela variabilidade do clima e pela baixa vacinação em 2014 e 2015.
FATORES DE RISCO
Os principais grupos de risco são crianças (de seis meses a cinco anos), pessoas a partir de 60 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas como asmáticos e diabéticos, indígenas e profissionais da área de saúde.
A definição dos grupos prioritários para vacinação na rede pública segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A transmissão se dá através de secreções contaminadas que propagam o vírus através da tosse, fala e espirro, assim como através de objetos e superfícies contaminadas como mãos, brinquedos, talheres ou maçanetas.
SINAIS E SINTOMAS
Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum, porém mais fortes com febre alta, tosse, dor de garganta, dor de cabeça, coriza, irritação nos olhos e ouvidos e dor muscular. Fique atento para não confundir com o resfriado leve onde os sintomas são coriza leve, espirros, um pouco de dor no corpo e, às vezes, tosse e febre baixa.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico pode ser feito pelo exame clínico e a confirmação é feito através do exame das secreções nasais ou de orofaringe para detecção do vírus.
PREVENÇÃO
A melhor maneira de prevenir a doença é VACINAR! A vacina não é 100% eficaz, mas oferece uma proteção de cerca de 60 a 90% dependendo da idade do indivíduo e da presença de outros fatores, como presença de doenças crônicas.
A proteção conferida pela vacina dura cerca de 8 meses e leva 2 a 3 semanas para começar a fazer efeito.
Caso a criança tenha já adquirido o vírus pelo H1N1, mesmo assim ela tem que vacinar porque quem foi infectado fica imunizado por um tempo, mas depois pode voltar a pegar a doença.
Hoje disponibilizamos de três vacinas:
– Trivalente: composta pelos vírus A (H1N1 e H3N2) e o vírus B (Brisbane). Pode ser feita à partir de 3 anos.
– Quadrivalente: composta pelos vírus A (H1N1 e H3N2) e dois tipos de vírus B (Brisbane e Phuket ). Pode ser feita à partir de 3 anos.
– Quadrivalente Júnior: Igual a quadrivalente normal, contudo pode ser feita para crianças à partir de 6 meses.
IMPORTANTE :
Se você tem um bebê com menos de 6 meses em casa, vacine-se e vacine a todos que cuidam ou lidam com seu bebê. Essa é a única e melhor forma de protegê-lo do H1N1.
O mesmo vale se seu filho, mesmo em idade maior, tiver contra-indicação de tomar a vacina.
A VACINA NÃO CAUSA REAÇÃO COMO “ESTADO GRIPAL”.
Além disso, evite levar as mãos à boca e nariz, aos olhos, lave sempre as mãos com sabão ou álcool e cubra a boca quando for tossir ou espirrar.
Evite lugares fechados e/ou com aglomeração de pessoas. Alguém pode estar incubando a doença ou em fase de melhora, mas ainda transmitindo a doença.
Se estiver com sintomas gripais, evite sair de casa. Se for essencial seu fora de casa, utilize máscara e também mantenha suas mãos muito limpas.
TRATAMENTO
Diferente do que se pensa existe tratamento. Ele é feito através da administração do antiviral chamado Oseltamivir (Tamiflu) para os casos muito graves ou que acometam os grupos de risco.
O mais importante é que não se instale o desespero. Deve-se seguir as recomendações de higiene e tomar a vacina o quanto antes, especialmente, os grupos de risco.
Dra. Danielle Negri é Pediatra/Neonatologista – Médica Supervisora UTI Neonatal Perinatal Barra
Consultório – (21) 2512-8409
dradani@daniellenegri.com.br – www.daniellenegri.com.br