Ligeiramente Grávida, To Grávida

Ligeiramente Grávida – Cris

No Ligeiramente Grávida de hoje quem conta a sua história é a Cris Magalhães, que escreve no blog Cantinho da Maternidade.

Ela descobriu que tinha trompas obstruídas e decidiu fazer uma fertilização in vitro. A fertilização não deu certo, mas, de surpresa, ela acabou engravidando naturalmente logo depois.

No post de hoje a Cris contou pra gente todos os momentos tensos e preocupantes que ela viveu durante a gravidez. E não foram poucos, não! Mas tudo foi superado com a linda Alice, que hoje está com 1 ano e 2 meses cheia de saúde e alegria. Confiram o texto!

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Eu me casei com 33 anos então não pude esperar muito para tentar engravidar. Depois de 1 ano de casados começamos a tentar, mas nada de gravidez. Com 1 ano de tentativas começamos a investigar e descobrimos que eu tinha as trompas obstruídas.

Por conta da idade, que já era quase 36 anos, partimos para a FIV. Colocamos 2 embriões e não engravidei, fiquei arrasada achando que nunca conseguiria engravidar…começamos a nos preparar para uma outra tentativa e entre um procedimento e outro, acabei engravidando naturalmente. Nossa foi emoção demais, foi uma verdadeira benção na nossa vida!

A primeira preocupação na gravidez foi que não ouvimos os batimentos na primeira ultrassom com 6 semanas (o que é normal de acontecer, mas a mamãe aqui ansiosa já ficou toda preocupada).

Com 7 semanas fizemos outra e já ouvimos o coraçãozinho. Com 8 semanas tive um pequeno sangramento, o que me fez ficar 15 dias de repouso, junto disso os enjoos começaram a aumentar a ponto de eu não conseguir fazer nada, não conseguia comer nada, nem mesmo beber água, não curtia a minha tão esperada gravidez (o que me deixava cheia de culpa) e não conseguia trabalhar (tive que tirar uma licença do trabalho), foi então que descobri que estava com hiperemese gravídica, probleminha que muitas grávidas têm e nem sabem. Fui várias vezes ao hospital com desidratação e perdi muitos quilos.

No meio de tudo isso, ao fazer mais uma ultrassom por conta do sangramento, descobrimos que a translucência nucal estava alterada (um dado que pode indicar alguma tipo de síndrome no bebê, principalmente a síndrome de down), acho que de longe foi momento mais difícil da gravidez, Tinham opções de exames mais invasivos, mas resolvemos não fazê-los já que o resultado não iria mudar nada na nossa decisão de continuar a gravidez, mas tinha a opção do exame chamado NIPT, que através do meu sangue, detectaria ou não as síndromes mais importantes (ele é medido em porcentagem, mas com uma taxa alta de acerto). A espera foi longa (o sangue partiu para São Paulo e depois para os EUA), com uns 20 dias recebemos o resultado negativo para as principais síndromes, o que tornou esse momento um dos mais felizes da minha vida (vejo como meu primeiro desafio de mãe vencido).

Minha hiperemese foi seguindo forte até o quinto mês, sem conseguir trabalhar. Com 1 mês e meio que tinha voltado a trabalhar, ao fazer a ultrassom morfológica, com 26 semanas, descobrimos que meu colo do útero estava começando a abrir e partimos para uma cerclagem de urgência para tentar conter.

Fiz o procedimento e fiquei 2 meses e meio de repouso absoluto (me levantando somente para ir ao banheiro). Como consegui eu não sei, mas fiz isso pela Alice e faria tudo de novo. Consegui segurar das 26 semanas até as 34 semanas e 5 dias, quando Alicinha veio em parto prematuro, mas já estávamos preparados, eu já tinha tomado a dose de corticoide para maturar o pulmão.

Tudo começou com um liquido saindo como xixi umas 14:00. A médica pediu para me ver e só deu tempo sair do taxi para a bolsa romper. parti direto para a maternidade, não entrei em trabalho de parto e às 19:25 Alice veio ao mundo por um parto cesáreo tranquilo.

Meu pós operatório foi muito ruim, com muita dor. Ela nasceu com 2.195 kgs e 43 cm e com um pequeno desconforto respiratório, o que fez com que meu marido, que é medico,junto com a equipe médica decidissem que era melhor ela passar a noite na UTI NEO, mas no outro dia de manhã já estava comigo no quarto sem nenhuma sequela.

Essa foi nossa historinha. Chamamos Alicinha de nosso milagrinho (porque teoricamente eu não conseguiria engravidar) e nossa guerreirinha por ter passado por tudo isso é está aqui com 1 ano e 2 meses cheia de saúde e de alegria.

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1 Comentário
  1. Juliana  26/06/2017 | 22:23

    Minha estória é um pouco parecida. Em resumo, casei aos 36 anos. Durante 3 anos tentei engravidar e fiz 2 FIVs sem sucesso. Acabei engravidando naturalmente e meu filho, Bernardo, nasceu 1 mês depois de eu fazer 40 anos. E aos 44 anos e meio, engravidei naturalmente, mais uma vez. O exame da transluscencia bucal também deu alterado e fiz o exame de sangue que foi pra Espanha. Graças a Deus, 3 meses depois de completar 45 anos, agora em março, nasceu meu Rafael, perfeito e saudável. Minas 2 gestações foram maravilhosas e muito tranquilas. O primeiro nasceu com 38 semanas e o segundo com 39. Por isso não podemos generalizar que a gravidez depois dos 40 é complicada. Sei que é difícil engravidar após essa idade, mas isso não quer dizer que a gestação será de risco. Também sei que sou exceção e por isso agradeço todos os dias a Deus e sou só gratidão. Parabéns pela sua filha!

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