Muito se fala sobre os perigos de uma gravidez tardia e as dificuldades que a mulher pode encontrar pela frente ao decidir adiar o sonho de ser mãe.
Mas quais são esses riscos? Com que idade a gravidez já pode ser considerada tardia? Quais são os benefícios e os riscos?
A verdade é que o mundo mudou, a idade “ideal” para ter filhos mudou, a vida profissional das mulheres mudou, mas o nosso corpo não acompanhou né… Leiam esse texto super importante!
Gravidez tardia: Quais são os benefícios e os riscos? – por Danielle Negri
De um modo geral, o universo feminino mudou muito a partir de 1960. As mulheres foram para as universidades e passaram a disputar espaço no mercado de trabalho. Além disso, a criação de métodos anticoncepcionais seguros permitiu definir o momento oportuno para as mulheres engravidarem.
Diante dessa nova realidade e possibilidades de desenvolvimento pessoal e carreira algumas passaram a optar por ter filhos mais tarde, depois dos 35 anos.
Por mais que os médicos alertem sobre os riscos de uma gravidez tardia, após os 35 anos, números recentes mostram que esse comportamento tem crescido e está se firmando como uma tendência social. Muitas mulheres têm postergado a gestação para se dedicar à profissão e alcançar uma vida estável. O índice saltou de 5% na década de 1970, para 16,6% na década de 2000.
A medicina tem se preparado cada vez mais para lidar com a nova e delicada realidade. Quando a mulher decide fazer uma fertilização in vitro, ela pode identificar o risco de anomalias genéticas antes do embrião ser implantado. Mas se a gestação já tiver ocorrido, a mulher deve passar por um rastreamento de anomalias. São exames de sangue e ultrassom que apontam o risco de doenças genéticas.
Aos 20 anos, o risco de anomalias genéticas é de 0,5%. O índice dobra aos 35 anos, passa para 2% aos 37 anos, chega a 5% aos 40 anos e alcança 10% aos 44 anos. A principal anomalia é a síndrome de Down.
O preparo antes da gestação também é fundamental. Isso porque o risco de abortamento salta de 10% em mulheres de 20 anos e para 40% aos 40 anos. A mulher precisa estar com o metabolismo adequado, dentro do peso recomendado e em boas condições físicas.
Isso vai contar em favor da própria fecundação, que tem apenas 40% de sucesso aos 40 anos. Em jovens de 20 anos, o índice chega a 80%.
Embora o foco das preocupações seja a saúde do feto, a saúde da mulher também corre riscos maiores em gestações tardias. Ela pode ter hipertensão, alterações cardíacas e diabetes.
Apesar dos riscos, a gravidez tardia tem suas vantagens. Ela costuma ser algo bem planejado. A mulher se considera mais preparada para receber um filho e para cuidar dele. E esse aspecto emocional é muito importante. Além disso, a condição financeira do casal pode estar mais estável e o casal mais maduro para enfrentar situações de stress que surgem com a chegada de um filho.
Mas tudo isso são somente situações e experiências. Se você tem mais de 35 anos e está esperando um bebê, deve estar consciente de que acima de qualquer problema ou dificuldade sempre predominará a felicidade de ser mãe.
Dra. Danielle Negri é Pediatra/Neonatologista – Médica Supervisora UTI Neonatal Perinatal Barra
Consultório – (21) 2512-8409
dradani@daniellenegri.com.br – www.daniellenegri.com.br
Engravidei com 38 anos e tive meu bebê com 39. Minha gravidez foi tranquilíssima, me senti ótima, tudo correu muito bem graças a Deus!!! Foram os melhores meses da minha vida! Meu bebê é super saudável e perfeito (Graças a Deus de novo!!!). Agora ele está com 2 anos e meio, a única coisa que sinto realmente são dores nas costas e evito pegar ele no colo… acho que se eu fosse mais nova não teria essas dores! De resto foi tudo perfeito!