Se existe um assunto que sempre assombra as mães, esse é, sem dúvidas, a culpa materna. Essa culpa pode ter diversas razões, mas as mais comuns às mulheres é o fato de terem quer trabalhar fora e a pressão que existe, ainda que implícita, pela amamentação. E como lidar com a culpa materna?
Vejam quatro dicas importantes para amenizar essa culpa tão comum na maternidade da nossa parceira psicoterapeuta de crianças e adolescentes, Mônica Pessanha.
Tenho certeza de que você já deve ter passado alguma dessas duas situações e, caso contrário, ao menos conheça alguém que as tenha vivido. No entanto, há pouca compreensão do real significado da culpa e por isso, entende-la é tão importante quanto aprender a lidar com o sentimento.
Culpa, vergonha e “a mãe boa o suficiente”: Há também a mãe ideal na mente de uma mulher. Ela é sempre alegre e feliz e sempre coloca as necessidades da criança em primeiro lugar. Ela tem poucas necessidades próprias. Ela não toma decisões que lamenta. A maioria das mulheres se compara a essa mãe, mas elas nunca se medem porque ela é uma fantasia. Algumas mulheres acham que conseguem serem `boa o suficiente”, não é aceitável, porque soa como um ajuste. Mas lutar pela perfeição faz com que as mulheres sintam vergonha e culpa.
As mães se sentirão culpadas porque estão sempre fazendo escolhas desafiadoras e às vezes impossíveis. Às vezes, eles são obrigados a colocar suas próprias necessidades sobre as de seus filhos. A maioria das mulheres não fala sobre se sentir envergonhada porque geralmente é sobre algo que eles não querem que ninguém mais saiba. Vergonha é a sensação de que há algo errado comigo. Isso geralmente é o resultado de se comparar a um padrão irrealista e inatingível. Muitas mulheres têm vergonha de falar abertamente sobre suas experiências complicadas por medo de serem julgadas. Esse tipo de isolamento social pode até mesmo desencadear depressão pós-parto.
Quando as mulheres se sentem perdidas em algum lugar entre quem eram antes da maternidade e quem elas acham que deveriam ser agora, muitas temem que algo esteja terrivelmente errado, quando na verdade esse desconforto é absolutamente comum.
Vejam quatro dicas bem importantes:
1- A primeira dica é entender que a culpa é nossa conversa com a nossa própria consciência e que essa emoção deve nortear nosso relacionamento com os filhos. Assim, devemos usar a nosso favor as colocações “eu deveria ter, poderia ter, gostaria de ter”. Sem exageros na forma como vamos sentir a culpa, nós podemos refletir no que podemos fazer para melhorar a situação.
2- A segunda dica para amenizar ou usar a culpa a nosso favor é entender que nem sempre podemos mudar o que aconteceu, até porque algumas coisas estão no nosso controle e outras não. Mas é possível uma mãe acreditar que ela pode seguir seus próprios padrões. Ela pode pelo menos acreditar que é uma boa pessoa e uma boa mãe independente de ter amamentado ou não. Assim automaticamente ela vai elevando sua auto-estima e vai aprendendo a subtrair os comentário e julgamentos de outras .
3- Para as mães que trabalham vale lembrar que quantidade e qualidade de tempo com os filhos devem andar de mãos dadas. Quando voltarem do trabalho e mesmo com os afazeres domésticos, as mães devem tirar um tempo para conversar e cuidar de seus filhos. Tempo esse que será refletido no futuro deles. 20 minutos de disponibilidade para os filhos (no mínimo) diários podem estreitar laços afetivos e trazer harmonia para o lar. Lembrem-se de que a constância faz mais efeitos do que a quantidade. Não adianta um dia por mês você passar o dia inteiro com seu filho e esquecer de suas necessidades nos outros dias. Nesse tempo que estiverem juntos vale, brincar, conversar, aconchegar, ou simplesmente ouvir.
4- Esqueçam a maternidade perfeita porque ela não existe. Você precisa ser apenas suficiente como mãe.
Seguindo essas dicas, você poderá aliviar esse sentimento que não é fácil de lidar, mas que é importante, e conseguirá dar um sentido mais positivo para algo não tão agradável.
Mônica Pessanha é psicoterapeuta de crianças e adolescentes, mãe da Mel, uma menina que adora desenhar, mantenedora das BRINCADEIRAS AFETIVAS (Oficina terapêutica entre mães e filhos(as)) – www.facebook.com/brincadeirasafetivas
Atende no Morumbi – SP – monicatpessanha@hotmail.com / (11)986430054 e (11)37215430