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O Tempo na Hora de Educar os Pequenos

Vamos falar sobre o tempo? Não daquele que conta as horas, mas daquele que conta as lembranças, ensinamentos e que as crianças agradecem com sorrisos e abraços apertados.

Alguns pais confundem qualidade e quantidade como tudo ou nada; o tempo de qualidade contra tempo quantidade. Talvez não seja tudo assim tão preto e branco. Embora no mundo de hoje o relógio nos dê a sensação de que os minutos passem mais rápido do que quando éramos crianças, podemos ter uma certeza: não foi ele que mudou, mas nós que estamos cada vez mais sobrecarregados.

Leiam esse texto maravilhoso que nos faz pensar e reavaliar a maneira que estamos dedicando o tempo com nossos filhos, escrito pela nossa super parceira e psicoterapeuta infantil Mônica Pessanha! Vale a pena ler!

O tempo é a coisa mais preciosa que possuímos. Dá até medo da pressa, quando pensamos que estamos ficando cada vez menos com nossos filhos. E para “equilibrar o jogo das agendas” damos as crianças agendas cada vez mais lotadas de atividades extracurriculares.  Isso pode ser resultado da culpa de sabermos que, muitas vezes, pressionamos os nossos filhos para a parte interior da nossa própria agenda. Sim, estamos assegurando (com a agenda), que vamos passar algum tempo com os filhos, mas só depois que terminamos isso e aquilo. Até lá, a agenda deles devem permanecer tão lotada quanto a nossa. Passar o tempo com nossos filhos tornou-se, em alguns casos, outro item na nossa lista de tarefas, como se fossem uma “coisa a fazer.”

Claro que isso não significa que não teremos tempo apenas para nós mesmas, até porque precisamos recarregar nossas baterias. Bom senso, essa é uma outra boa palavra na hora de educar os pequenos.

Há ainda em relação ao tempo, um aspecto que talvez passe, devido a pressa do dia a dia, despercebido por nós na atualidade. Existe na família uma intimidade que não há em nenhum outro ambiente com relações sociais. Uns dos grandes problemas da sociedade hoje é o distanciamento dessa intimidade, e infelizmente as crianças são as mais atingidas.

O uso dos objetos tecnológicos têm sido um dos grandes vilões nas relações familiares. Se antes tínhamos pais cansados e preocupados com seus afazeres no trabalho, hoje o trabalho entra em casa pelos smartphones e tiram a atenção que os pais deveriam dar as crianças.

Elas sentem que seus pais diminuíram o tempo para conversar. Certamente, com o tempo, elas passarão a exibir comportamentos inadequados que têm a função muito mais de chamar a atenção dos pais do que desafiá-los. É preciso lembrar que a criança não sabe colocar o que sente em palavras, mas como todo ser humano, ela sente que precisa ter suas necessidades reconhecida e suprida. Cabe ao adulto ajudar a criança dar conta disso.

Qualidade e quantidade tem o mesmo valor e andam juntas. O dom do tempo das lembranças nunca poderá ser deixado de lado, porque filho é uma oportunidade de ver a vida com um novo olhar. Que sejam 15 minutos, mas que sejam com disposição para amar, para doar-se. No meio a tanta loucura que estamos vivendo, não podemos nos esquecer que nosso maior papel como pais é curtir a vida com nossos filhos.

Os pais precisam estar lá – precisam ser uma testemunha da vida de seus filhos. Isso significa a criação de bons tempos, mas mais importante, isso significa estar lá quando as coisas estão difíceis. Significa ser um participante ativo nas lutas diárias do seu filho.

Vamos pensar nessas quatro dicas como mais uma ferramenta de tempo junto:

1) Ressignificar a vida: 20 minutos por dia pode transformar uma família. Imagina se diminuíssemos o nosso tempo nas redes sociais, por exemplo, e aumentássemos para uma hora o tempo que passamos com nossos filhos? Só com eles: brincando; ouvindo; compreendendo e ensinando.

2) Passar o tempo não significa que você tem que fazer algo especial. Se você está sobrecarregado com as tarefas, pedir a seus filhos para ajudar é também uma oportunidade de conexão. Acima de tudo, não dê aos filhos doces, dinheiro, brinquedos ou viagens para compensar a falta de tempo. Quando lhe faltar tempo, use a qualidade com peso maior. Será um problema quando só a qualidade estiver na balança. Lembre-se de que os filhos precisam de tempo com os pais.

3) Esteja totalmente presente quando você estiver em casa.  Muitas vezes, quando os pais chegam em casa, eles se distraem com outras atividades e demandas. Ou, às vezes, com hobbies. A fim de ter tempo de qualidade, você tem que colocar essas coisas de lado e focar na família. Mostre aos filhos que eles valem mais do que as redes sociais e os telejornais.

4) Faça perguntas importantes. Se você quiser descobrir como sua família vê a questão da qualidade do tempo, pergunte-se: se pudéssemos fazer alguma coisa amanhã juntos, o que seria?

Não há problema algum realizarmos nossos sonhos de sucessos. Na verdade temos que buscá-los.  No entanto, lembre-se de criar tempo suficiente em quantidade e concentrar seus esforços em fazer um tempo de qualidade familiar para que o sucesso seja completo.

 

Mônica Pessanha é psicoterapeuta de crianças e adolescentes, mãe da Mel, uma menina que adora desenhar, mantenedora das BRINCADEIRAS AFETIVAS (Oficina terapêutica entre mães e filhos(as)) – www.facebook.com/brincadeirasafetivas
Atende no Morumbi – SP – monicatpessanha@hotmail.com / (11)986430054 e (11)37215430

Cheguei ao Mundo
 
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1 Comentário
  1. Nathany Mello  04/03/2016 | 11:34

    Adoreiiiiii….

    bjos

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