Educação dos Pequenos, Mamães & Papais

Por mais leveza e menos comparação na maternidade

“Você não “tem que” aguentar tudo porque virou mãe. Você pode pedir ajuda. Você pode estar feliz e plena mas também pode estar arrependida. Você pode reclamar, agradecer, sorrir e chorar, tudo ao mesmo tempo.”

É exatamente isso que sempre falamos aqui no Cheguei ao Mundo.

Não deixe de ler! Texto lindo e tão necessário sobre maternidade escrito pela psicóloga Camila Ramos (regram editora Matrescencia).

Por mais leveza e menos comparação na maternidade. ❤️

Precisamos falar da romantização do sofrimento materno. Corre no mundo virtual um vídeo de uma gorila e seu filhote pendurado, com as hashtags “maternidade real” e suas variações. ⠀

A maternidade real não existe. Existem maternidades. Cada mãe vai viver a sua. Com suas lutas, glórias, limites, contextos e redes de apoio (ou falta delas). ⠀

É preciso falar de puerpério. É preciso falar do lado B de maternar, pois maternar é punk rock, é noite interrompida, é peito explodindo, é dificuldade para amamentar, é caos nas relações.⠀

Mas é preciso falar sobre tudo isso para criarmos espaços de troca e de pertencimento, fazer circular informação e, sobretudo, dividir a carga e trazer leveza. ⠀

Falar sobre puerpério não pode virar uma competição de quem tem a foto com mais olheiras, de quem consegue manter maior tempo na categoria carregamento de bebê, de quem amamenta mais, mesmo com dor. É preciso acolher as dificuldades para criarmos caminhos mais suaves e justos. Caso contrário, pode ser um tiro no pé.⠀

O seu bebê não precisa de uma mãe guerreira. Ele precisa de uma mãe humana e inteira. ⠀
Ele não é um filhote gorila. E você, com seus instintos mamíferos super ativados, não é (e nunca será) uma mãe gorila. ⠀

Você é um ser biológico, social e cultural. Provavelmente você vai voltar a trabalhar quando seu filho estiver com quatro meses ou seis. Ou vai cuidar da cria e da casa e até empreender ao mesmo tempo. Diferente da gorila, sua pia fica cheia de louças diariamente, você tem que trocar fraldas, dar conta das questões amorosas e de gente dando palpite. ⠀

É preciso falar de puerpério para desconstruir a romantização da maternidade. Mas há que se ter cuidado para não romantizar o sofrimento materno. ⠀

Você não “tem que” aguentar tudo porque virou mãe. Você pode pedir ajuda. Você pode estar feliz e plena mas também pode estar arrependida. Você pode reclamar, agradecer, sorrir e chorar, tudo ao mesmo tempo. ⠀

Estar exausta NÃO é sinônimo de amor. Anota aí, põe o post it no espelho, deixa de fundo de tela no celular.

Não deixe ninguém banalizar seu sofrimento. Você só precisa estar bem para ser a mãe que o seu bebê precisa.

Autora: @um.colo.para.mae

Cheguei ao Mundo
 
Comentários no Facebook
Deixe um Comentário

* Não será divulgado
Anterior
Voltar para a home
Próximo