Ter ou não ter o segundo filho? Eis a questão. Atualmente esse é um dilema que muitas mães enfrentam e, por isso, decidimos abordar aqui no Blog.
Quando ainda não somos mães, é normal sonhar com uma família com pelo menos dois filhos e enfatizar que ter um irmão é muito bom e fundamental para a vida, certo? Certíssimo! E é a mais pura verdade, concordam?! Mas na prática…depois do primeiro filho…. o lado racional muitas vezes fala – bem – mais alto e o sonho começa a ser revisto e colocado de lado.
Tem o trabalho que já engrenou depois da primeira licença, a questão financeira, a saúde física dos pais e a dúvida: será que vou dar conta de mais um filho?
Conversamos com a nossa parceira psicoterapeuta, Mônica Pessanha, sobre o assunto e esclarecemos vários pontos importantes para essa decisão. Leiam esse ótimo texto!
Prontas para mais um filho? – por Mônica Pessanha
Quando as mulheres se tornam mães pela primeira vez, de alguma forma elas se tornam o centro do universo, afinal, ter um bebê é o evento mais importante em numa família. Isso vale tanto para filhos biológico ou adotivo. Uma criança faz com que as pessoas superem suas dificuldades ou aperfeiçoe habilidades. É que o amor sentido soa como uma força capaz de mover o mundo.
Quando os anjinhos começam a crescer, é comum que as mães sintam vontade de reviver todo o turbilhão de emoções e experiências que tiveram em seu primeiro contato com a maternidade. Mesmo não sendo a coisa mais fácil do mundo, pois quando se é mãe os afazeres dobram, maternar é inato e divino!
É normal que as mães comecem a fazer perguntas sobre qual é o momento exato para ser ter outro bebê; se devem tê-los; se vão ser capazes de amá-lo na mesma proporção; se serão presentes na vida deles. São inúmeras dúvida e confesso que essas são as respostas mais difíceis de darmos a alguém.
Muitos fatores estão envolvidos: saúde financeira e física são o que mais pesam. A saúde financeira pesa e muitos sabem o porquê. Se escola, roupa e alimentação para dois é caro, para três então nem se fala. Já a saúde física é importante porque não se quer colocar em risco a vida da mãe e muito menos a do bebê. Em relação a isso já ouvi mulheres dizendo que não conseguem ter mais um filho por problemas físicos e mesmo desejando muito, seria difícil para elas.
Colocando o desgaste físico-mental e as questões financeiro ao lidar com mais crianças de lado, podemos pensar nos benefícios de se ter mais de um filho e, principalmente, o melhor momento para tê-los. Em relação ao melhor momento, a maioria das mulheres planejam um intervalo de três anos quando pretendem ter mais de um filho. Esse é o intervalo mais comum nas famílias. E no geral, isso significa que os irmãos estão perto o suficiente em idade para desfrutar a companhia do outro, brincarem e curtirem jogos semelhantes. A partir de 5 anos de diferença, por exemplo, já não brincarão das mesmas coisas, nem curtirão os mesmos jogos de vídeo game. Também significa que houve um bom período para adaptar a rotina maternal com base na experiência com o primeiro filho. Assim os pais já estão mais cientes em relação à escola que querem; quanto pode custar os remédio quando necessário; qual o melhor jeito de curtir a si mesmo no caos de tarefas familiares e profissionais (caso trabalhe fora)! Uma vantagem que existe em ter filhos com um intervalo de tempo maior que três anos é que o irmão mais velho teve tempo de se relacionar mais com a mãe e poderá assumir um papel de “mestre” das brincadeiras. Mas cada mãe sabe de si. Vale lembrar que sempre haverá, em lacunas grandes ou pequenas, benefícios e desafios. O que parece ruim como a dificuldade de cuidado de duas crianças bem pequenas pode apresentar um ponto positivo para os pais, isso pode torná-los mais ativos e envolvidos
Conheço uma mãe que decidiu que teria o máximo de filhos que pudesse ter, hoje aos 34 anos é uma linda e jovem mulher advogada, mãe de três meninas e dois meninos. Às vezes me pergunto como ela consegue dar conta de tudo que precisa fazer para ser uma mãe suficientemente boa. Recentemente, ela escreveu que se emociona todas as manhãs quando levanta e vai até o quarto dos filhos. Disse ainda que nunca pensou que poderia sentir tanto amor em meio as dificuldades da maternidade.
Queridas mães, não precisamos ter cinco filhos para desfrutar do amor e das dificuldades do maternar, mas precisamos ter o desejo de ser apenas uma boa mãe, aí será mais fácil de decidir ter outro bebê. Avalie suas possibilidade financeiras e físicas. Não se sinta culpada por pensar, por exemplo, em sua carreira profissional, mas também não deixa que a carreia tome decisões por você. Lembre-se que em si não há diferença “ideal” entre irmãos. Apenas relaxe e lembre-se que sempre haverá vantagens e desvantagens em esperar um pouco. Seja realista em sua vida e não coloque pressão sobre si mesma.
Agora vamos visualizar alguns pontos vantajosos e desafiantes:
De 2 a 3 anos de intervalo:
Vantagens: Eles estão bem próximos de idade para serem companheiros maravilhosos. Podem frequentar a mesma escola e atividades extra curriculares. Também é comum as mães dizerem que é mais fácil para criar rotinas.
Desafios: Geralmente, crianças com idades bem próximas ao mesmo tempo que são maravilhosos companheiros, brigam muito. Isso também não é de tudo ruim, pois podem desenvolver habilidades de resolução de conflitos.
4 anos ou mais de intervalo:
Vantagens: Com esse intervalo é possível perceber um afeto genuíno, empatia e compaixão. Isso será ainda mais visível com intervalos entre cinco e seis anos. Com esse intervalo também a mãe ganha um aliado nos afazeres e cuidados com o bebê.
Desafios: voltar a ser mãe de um bebê com uma criança mais independente em casa pode ser um desafio porque terá que se dividir entre duas ou três fases da infância. Para as crianças em sim, dificilmente irão compartilhar dos mesmos amigos, hobbies e festinhas de aniversários.
Agora vale lembrar que talvez seja impossível prever a chegada do segundo filho, mas o importante, mesmo com os desafios que seguem a maternidade, é que as vantagens de ser ter mais de um filho são sempre maiores e, no geral, independem das circunstâncias porque tornam as famílias mais felizes.
Mônica Pessanha é psicoterapeuta de crianças e adolescentes, mãe da Mel, uma menina que adora desenhar, mantenedora das BRINCADEIRAS AFETIVAS (Oficina terapêutica entre mães e filhos(as)) – www.facebook.com/brincadeirasafetivas
Atende no Morumbi – SP – monicatpessanha@hotmail.com / (11)986430054 e (11)37215430
Maravilhosa matéria!!! Trouxe com clareza os aspectos positivos e negativos não apenas para o segundo filho mas também , clareza da decisão de ser mãe ou não. Me senti segura. Parabéns!!!
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Tenho uma filha de 18 anos e agora estou tentando ter meu segundo filho….
Vou recomeçar novamente!