Como lidar com o ciúmes entre irmãos?

Hoje no “Ligeiramente Grávida” vamos falar um pouco sobre o ciúmes que muitas vezes aparece com a chegada de um irmãozinho. Essa é uma reação muito comum e que muitos pais têm dificuldades para lidar.

A verdade é que não é nada fácil, mas com muita paciência e amor tudo se resolve! Leiam que lindo o relato da Clara, mãe das fofíssimas Helena e Letícia.

Alguém aqui também passou ou está passando por essa fase?

Impossível falar da segunda, sem falar da primeira e antes falar de como nos reencontramos.

Avós amigas, mães amigas e nós dois crianças amigas. Depois de 20 anos sem saber um do outro tivemos um encontro totalmente armado pelas nossas tias (também amigas), ali nossa história começou.

Três anos de namoro à distância, o susto da primeira gravidez nada programada. Encaramos e sobrevivemos à todos os obstáculos no caminho dos pais de primeira viagem. Quando Helena fez 3 anos começou a nos pedir uma irmã, mas estávamos naquela fase da liberdade de viajar e curtir com nossa companheirinha já crescida e o sonho foi adiado.

Em 2012 decidimos programar a segunda gravidez, a diferença de 5 anos entre as crianças foi proposital pois pensamos muito na questão do ciúmes e da independência em algumas situações da nossa Helena, tomar banho sozinha, se vestir, me ajudar com o bebê.

Parei a pílula em janeiro de 2013 e em março já estava grávida e a tão esperada irmã chegaria no mesmo mês dela. Enquanto a barriga não aparecia tudo foi maravilhoso, a Big Sis me ajudava com o enxoval, fazia carinho, falava para todo mundo que a Leticia estava chegando. E ela chegou dia 22/11, no mesmo dia do papai Marcelo e 5 dias antes do aniversario da irmã Helena, mais uma Sagitariana (quem tem marido e 2 filhas com esse signo me entende bem).

Logo no início percebi que enfrentaria questões bem mais complexas do que imaginei devido à diferença de idade das meninas. O ciúme que a Helena apresentou foi ‘doído’, intenso e a relação mãe e filha ficou muito complicada.

O amor pela irmã é enorme, carinhoso mas a mãe virou vilã. Helena se fechou para o mundo, na escola, na vida social e nas atividades que fazia, uma menina extremamente ‘do mundo’ entrou num casulo. Um trabalho familiar diário, durante esses nove meses da Letícia a borboleta colorida e linda ainda não está voando sozinha, mas a cada dia que mostramos a importância dela para nós e para a irmã ela vem se mostrando mais segura e prestes a levantar voo novamente.

Clara Oliveira