O “Ligeiramente Grávida” de hoje é com a Luciana. Ela é daquelas mulheres ligadas no 220v, vive a mil por hora em tudo que faz (e isso inclui as emoções). Apesar de sempre ter sido louca por crianças, não se imaginava mãe, mas o relógio biológico começou a bater de uma hora para outra.
No texto ela contou pra gente sobre as descobertas na gravidez e os desafios que passou no parto e pós parto. Hoje ela só tem motivos para sorrir junto ao marido, Bernardo, e o filho, Bernardinho, de 3 meses.
Tentamos uma vez e não conseguimos. Lembro-me da decepção de ver minha menstruação descer já que eu jurava que iria engravidar de primeira… Sei lá.. Menstruação certinha, usando um aplicativo pra controlar o ciclo. Como sou ansiosa ao extremo, não me passou pela cabeça que não seria simples!
Um dia, depois da minha menstruação ter acabado, fui na minha ginecologista em uma consulta de rotina que estava agendada. Cheguei lá e transbordei minha ansiedade nela! Ela? Com toda calma do mundo conversou um tempão comigo, explicou que não era assim que as coisas funcionavam e foi me passando uma segurança e um conforto que eu nem sei como, mas eu fiquei calma.
Aí ela me examinou e descobriu que meu ovário estava maior do que o esperado e isso seria um indicativo de que ou eu iria ovular naqueles próximos dias ou eu não tinha ovulado no mês anterior. Então, ela falou pra eu voltar uma semana depois só pra ver se o ovário tinha diminuído e confirmarmos que meu período fértil não era no meio do ciclo, ele era ansioso que nem eu! Ah sim! E nessa semana era pra eu ir à farra com meu marido.. E eu fui! Passado esse tempo, eu voltei ao consultório e era exatamente isso: meu período fértil começava quando acabava minha menstruação. E nesse mesmo ciclo da descoberta, em novembro, eu engravidei.
Foram 39 semanas muito agradáveis. Tive pouca preocupação. Uma falta de ferro aqui, um útero irritável ali – essa parte do útero irritável foi chatinha mesmo, precisei ficar de repouso. Mas foi aí que a madrugada do dia 10/08/2016 chegou, mais precisamente 04h30 da manhã, e eu entrei no famoso (desconhecido até então) pródromo onde comecei a sentir umas contrações que me tiravam da zona de conforto. Perdi o tampão também, logo cedo! Por orientação da minha médica, fui para o hospital e só tinha 2cm de dilatação. Voltei pra casa! A noite do próprio dia 10, minha médica me ligou e disse que estava no hospital e eu fui lá pra ela me examinar. Os mesmos 2cm de dilatação. Voltei pra casa decepcionada e sem aguentar mais aquela dor que não era A dor.
Eis que nessa madrugada as contrações aumentaram de intensidade absurdamente. Lembro que eram 1h30 da manhã e eu já estava chorando de dor… Não queria voltar ao hospital a toa e sabe-se lá como, minha ansiedade da vida tinha ido embora, me bateu uma calma e eu fui pro sofá da sala pra não acordar meu marido com meu choro (oi? Sim! Eu fiz isso). Comecei a monitorar o ritmo das contrações. E aí fiquei lá na sala, chorando e sentindo uma dor absurda que eu jurava que ainda não era do trabalho de parto! Quando deu 03h da manhã, eu nunca vou me esquecer!!! A minha santa médica, me manda uma msg no whatsapp: “como você está? Acordei pensando em você!” Eram 03h da manhã e minha médica estava perguntando como eu estava! Aloooow!!! Me fala quem faz isso hoje em dia porque eu nunca tinha visto algo assim até então!! Ela não é só uma médica, é um anjo-médico meu Deus!!! Bom, acordei meu marido e fomos para o hospital! Dessa vez era a hora do Bernardinho nascer! Cheguei lá cheia de dor e estava com 4cm de dilatação! Eram 6h da manhã quando fomos pra banheira, fiquei um tempo e vimos que eu estava dilatando super bem. 08h20 e eu já tinha dilatação total! O ponto foi que meu filho não quis nascer de parto normal, ele escolheu cesárea! Depois de 2 horas no período expulsivo, ele optou por essa maneira! Estava com 2 voltas do cordão no pescoço que impediam ele de descer.. E depois de 31 horas de esforço, Bernardinho nasceu no dia 11/08/2016! LINDO, saudável e do jeitinho que eu sonhei!!!
Daí, eu tive um outro probleminha… Tive um negócio chamado cefaléia pós raqui e eu fiquei os 10 primeiros dias sem poder levantar da cama. Amamentava deitada e nem fralda cheguei a trocar nesse período. O que somado ao meu ritmo e às emoções do momento, não foi nada fácil. Definitivamente meu pós parto poderia traumatizar muita gente, não eu! Eu tive o melhor apoio que Deus poderia permitir, minha família, minhas amigas, minha médica… E quando as pessoas me perguntam hoje se eu terei o segundo filho, digo com toda convicção: sim, se Deus permitir, eu terei. Simplesmente porque eu nasci pra ser mãe!
Para quem lhe conhece, sabe como deve ter sido dificil ficar esses dez dias de molho. Mas a frase mais linda foi: eu nasci para ser mae!
Parabens, Lu. E mta felicidade p/ vcs tres ou quatro ou cinco… ☺
Paollita sua linda!!!! ?❤️