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Os avós em nossas vidas, uma doce companhia!

Dizem que os avós são pais duas vezes. Para quem teve a oportunidade de ter uma infância perto dos avós, sabe que a memória afetiva desse momentos avós e netos é inesquecível.

Eles nos transmitem valores, passam ensinamentos e nos contam histórias incríveis do que já viveram e viram no mundo. Quer coisa mais importante e enriquecedora que isso para nossos filhos? E, além de tudo, ainda tem uma ligação cheia de amor, sem a cobrança e pressão de ser pai e mãe.

Com os avós por perto, os pais ainda aumentam a rede de apoio e contam com pessoas especiais na criação dos filhos. Por isso, muitos estudos mostram que há uma série de benefícios no contato próximo de avós e netos.

Vejam o texto da psicóloga Mônica Pessanha sobre a importância dos avós.  Aproveitem seus avós e aproxime sempre seus filhos deles!

 

Os avós em nossas vidas, uma doce companhia! – por Mônica Pessanha

É um dia de sol e estou escrevendo isso de um banco de parque com várias árvores e flores. No parquinho ao lado, vejo mães brincando com seus filhos, cuidando com alegria e medo, enquanto suas crianças balançam, escalam os escorregas. Sim. Eu sou a mãe de uma menina de 13 anos de idade, feliz e sonhadora. E sento aqui para escrever sozinha.

Por que eu sou capaz de fazer isso hoje? Avós!

Os avós são como anjos com seus próprios carros. Anjos que protegem completamente qualquer um que esteja sob sua responsabilidade. Poderíamos chamar isso de força A: um poder silencioso que sustenta a vida cotidiana, mantendo tudo à tona de maneira mágica, ainda a ser definida pela ciência.

Do ponto de vista de uma criança, acho que o que é especialmente importante sobre os avós é que eles são adultos que te conhecem (desde sempre), te amam e podem cuidar de você e que também amam e são amados por seus pais. Essa é a sensação mais segura e confortável do mundo.

Nem sempre os pais compreendem o desejo de os avós fazerem as coisas do jeito deles. Se um novo bebê vira a vida dos pais de cabeça para baixo, os avós também precisam se ajustar aos novos papéis, e geralmente há alguns erros, mas também há lições aprendidas ao longo do caminho. O segredo está no diálogo. Talvez uma das lições mais aprendida pelos avós seja: eles não sentem a ansiedade ou a responsabilidade de ser pai, já não se assustam com as tosse de madrugada, nem veem no doce um vilão, são simplesmente inundados de amor.

E, por conta disso, eles se ressignificam e tendem a fazer diferente de quando criam seus próprios filhos. Talvez eles tenham percebido que o que mais importa seja a qualidade do tempo, e que o sucesso na vida não compensa o fracasso no lar.

Boa parte dos avós conseguem frear seus instintos de dar conselhos, mas para alguns isso é um grande desafio. Os avós querem fazer o certo – tanto por seus filhos adultos quanto por seus netos, mas leva tempo para as coisas se ajustarem. O importante é não perder de vista o fato de que os avós preenchem um papel insubstituível no desenvolvimento de uma criança. Eles amam seus netos com uma afeição incondicional que se une a dos pais da criança, e embora algumas famílias sejam separadas por distância ou circunstância, ser capaz de se conectar com um neto ou a neta frequentemente promove um relacionamento que pode influenciar uma criança a definir valores, fazendo florescer a confiança e o fortalecimento dos laços familiares.

Enfim, é por meio dessa conexão que os avós  também acabam por se tornarem mais vívidos e ativos, obtendo sobretudo uma nova perspectiva sobre o sentido da vida.

É claro que, assim como tudo na criação dos filhos, precisamos encontrar equilíbrio para manter nossa sanidade. Você não pode necessariamente estar com seus filhos a cada minuto do dia, então você tem que encontrar um equilíbrio entre preocupação e confiança. Quando eles estão com babás, cuidadores ou professores, algum grau de preocupação é inevitável – e tudo bem. À medida que seus filhos chegarem à adolescência e à idade adulta, quando controlarão grande parte de suas próprias vidas, sua confiança se transferirá para eles. Não só isso, você terá que confiar em seu bom senso e sua capacidade de tomar decisões. Até lá você terá dado a eles as ferramentas, terá oferecido esse vínculo enorme de amor na relação avó e neto e terá lhes ensinado o caminho. Aí será a vez deles, na fase adulta de experimentar todo esse processo que envolveu muita preocupação. Inclusive por meio de uma experiência de papeis invertidos: eles agora no papel de pais, e vocês agora no de avós. Mas acredite em mim, você ainda se preocupará com eles.

 

Mônica Pessanha é psicoterapeuta de crianças e adolescentes, mãe da Mel, uma menina que adora desenhar, mantenedora das BRINCADEIRAS AFETIVAS (Oficina terapêutica entre mães e filhos(as)) – www.facebook.com/brincadeirasafetivas
Atende no Morumbi – SP – monicatpessanha@hotmail.com / (11)986430054 e (11)37215430

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